Em 2001, um grupo de médicos de Manaus conheceu a comunidade Saracá, no Rio Negro. Ali, uma criança de 1 ano e 4 meses foi atendida, e após alguns exames, foi diagnosticada com Tetralogia de Fallot, um defeito na estrutura do coração e grandes vasos. O caso era muito sério e se a criança não fosse operada, iria morrer. Alguns meses depois, a pequenina Gisele estava em São Paulo, onde foi operada. A cirurgia foi um sucesso, e a garotinha foi salva.
Desde então, a relação desses médicos e voluntários adventistas com a comunidade Saracá foi se estreitando. Mais missões foram organizadas, a ONG ASVAM surgiu em 2007, obreiros bíblicos foram enviados para morar na comunidade, e em 2011, um dos barcos do Projeto Salva-Vidas Amazônia naufragou quando fazia uma missão. A vida de uma jovem foi perdida e parecia que a relação com o Saracá chegava ao fim. Mas uma semana depois desse trágico evento, o grupo estava lá novamente.
Neste último fim de semana, pessoas envolvidas nessa longa história de amor e sacrifício estiveram novamente no Saracá. Depois da inauguração da mais nova Igreja Adventista do Rio Negro, testemunhos emocionantes e dois casamentos, foi a vez de 3 pessoas serem batizadas. Com tanta água, nesses locais as igrejas não precisam de um tanque batismal. Como estamos na época da seca, em frente ao Saracá aparece uma praia linda. Cerca de 50 pessoas caminharam pelas areias do Saracá, cantando, até chegar ao rio. Ali foram batizadas Tati e Adriana, que casaram na noite anterior, e também a Gisele, que hoje tem 15 anos e nasceu mais uma vez.
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